As doenças reumáticas são a principal causa de incapacidade na Europa e afetam mais de 100 milhões de pessoas. Embora sejam frequentemente associadas a idades mais avançadas, afetam muitos jovens e pessoas em idade profissionalmente ativa. São as principais doenças ocupacionais, sendo responsáveis por 60% das doenças em contexto de trabalho. Em todo o mundo, uma em cada cem pessoas sofre de uma destas doenças e ela é 3 a 4 vezes mais prevalente em mulheres.
No verão de 2024, realizámos um conjunto de entrevistas a pessoas com doenças reumáticas e músculo-esqueléticas, e a profissionais de saúde do Serviço de Reumatologia da ULS Coimbra onde aquelas são seguidas. O objetivo foi recolher testemunhos, na primeira pessoa, sobre a experiência e o impacto destas doenças crónicas, várias delas autoimunes e, em muitos casos, extremamente limitantes.
Ouvimos relatos sobre a artrite reumatoide, a esclerose sistémica, a fibromialgia e a osteoporose, entre outras. Percebemos o equilíbrio delicado que se tenta estabelecer entre a progressão e as limitações trazidas pela doença e a procura da manutenção da qualidade de vida e do usufruto de momentos de satisfação.
+INFO
Teatro da Cerca de São Bernardo | Coimbra
12 de março de 2025 | 21h30
13 de março de 2025 | 19h00
14 de março de 2025 | 21h30
15 de março de 2025 | 21h30
16 de março de 2025 | 16h00 *
Classificação etária | brevemente
Duração | aprox. 1h40
Bilhetes | Ticketline
* Inclui audiodescrição e interpretação em Língua Gestual Portugesa
O enfrentamento de uma doença crónica, acentua exemplos de superação, da invocação de forças extraordinárias, da obstinação face a circunstâncias involuntárias, e da tentativa teimosa de agarrar e usufruir dos fugazes momentos de felicidade que pontuam, aqui e acolá, as nossas vidas.
A origem etimológica da palavra doença está no termo latino dolentia, que significa sentir dor. E o sentimento de dor é muito presente nas doenças reumáticas crónicas. A dor é algo com que se vive e que se procura mitigar. É impossível sentirmos a dor de outrem. A dor de cada pessoa é única e intransmissível.
Este espetáculo é conduzido pela ideia de tradução da dor. Nele representamos diferentes situações e circunstâncias relacionadas com doenças reumáticas, com o intuito de as tornar mais próximas de quem a ele assiste. Fomos guiados pela ideia de procura de felicidade, e uma conclusão inusitada a que chegámos foi a de que a dor e a felicidade são compatíveis.
Uma das finalidades do espetáculo é aumentar a consciência social sobre estas doenças e o seu impacto. Acreditamos que a partilha em contexto teatral de temas, como este, ligado às Ciências da Saúde, contribui para o esclarecimento, um ganho de consciência e uma reflexão aprofundada, que melhoram as circunstâncias sociais e pessoais em que estas doenças ocorrem.
Discussão e Ideias Beatriz Boleto, Carolina Costa Andrade, Inês Dias, Mário Montenegro
Texto Beatriz Boleto, Carolina Costa Andrade, Inês Dias, Maria José Pessoa, Mário Montenegro
Encenação Mário Montenegro
Interpretação Beatriz Boleto, Carolina Costa Andrade, Inês Dias
Direção Técnica e Iluminação Danilo Pinto
Cenografia e Imagem Pedro Andrade
Figurinos Cláudia Ribeiro
Vídeo Laetitia Morais
Música e Sonoplastia Marcelo dos Reis
Penteados Carlos Gago – Ilídio Design Cabeleireiros
Interpretação LGP Jéssica Ferreira, Joana Sousa
Audiodescrição* Catarina Sobral, Emanuel Rodrigues
Direção de Produção e Fotografia Francisca Moreira
Produção Executiva Silvia Carballo, Vicente Paredes
Comunicação Carolina Costa Andrade, Ricardo Jerónimo
Vídeo e Fotografias Promocionais Tiago Cerveira
Registo de Vídeo João Cunha
Coprodução Marionet | Teatro da Cerca de São Bernardo
Apoios República Portuguesa — Cultura / Direção-Geral das Artes | Câmara Municipal de Coimbra | MAFIA — Federação Cultural de Coimbra | Ilídio Design Cabeleireiros | Rádio Universidade de Coimbra | Antena 2 | Hotel Oslo
Agradecimentos Alexandre Carvalho, Guilhermina Carvalho, O Teatrão
*Material de audiodescrição gentilmente cedido pel’ O Teatrão
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