“LAB BLA BLA” surge nesta fase do nosso percurso como mais um motivo de encontro entre Arte e Ciência, desta feita com particular ênfase sobre a linguagem. Tanto a poesia como a ciência usam a palavra para comunicar, mas os diferentes objetivos que as orientam estabelecem diferenças profundas de significado para uma mesma palavra. Na ciência reconhecemos o cultivo da exatidão do significado, necessidade ligada ao seu mecanismo básico de reprodutibilidade. Na poesia reconhecemos a necessidade de multiplicar os significados, de brincar com eles por vezes até à subversão. Em ambas reconhecemos a capacidade de acrescentar novas palavras ao nosso léxico.
Com a intenção de explorar poesia influenciada pelo avanço da ciência, tanto através da introdução de novas palavras como através de temas e conceitos científicos, este evento explorará textos de Miroslav Holub (1923-1998), poeta e imunologista checo. No fundo uma proposta de leitura e reescrita do conhecimento que a ciência constrói. Confiamos à interação com a tecnologia a criação de parte do texto, através da utilização de mecanismos de geração semialeatória de texto alimentados por poemas de Holub traduzidos por Manuel Portela.
+INFO
Casa das Artes da Fundação Bissaya Barreto | Coimbra
21 a 23 e 25 a 30 de janeiro e 1 a 5 de fevereiro de 2011 | 21h30
Classificação etária | M/12
Duração | 1h30
REPOSIÇÃO:
Coimbra | Museu Mineralógico — sala Carlos Ribeiro
4 de março de 2011
Coimbra | Casa-Museu Bissaya Barreto
28 de junho de 2011
CIRCULAÇÃO:
Berlim | Altes Finanzamt
15 e 16 de junho de 2011
Porto | Maus Hábitos
27 e 28 de julho de 2011
Folha de Sala
“O facto de não conseguir imaginar o momento presente sempre me preocupou. Por momento presente quero dizer um estado ou processo individual consciente, uma experiência; o presente em larga escala é bastante mais fácil de apreender. O que é um momento, o que é este momento no qual eu evidentemente existo, ao contrário da natureza, a qual de acordo com a famosa citação de Whitehead não existe num momento? (…)”
“E: por quanto tempo somos felizes? Usando o meu bem testado e reproduzível modelo de tirar sapatos apertados, não posso afirmar que tenha sido feliz durante dez minutos depois de os descalçar. Talvez aqueles poucos segundos, seguidos de uma reflexão em forma de – ah, bom, e também, malditos sapatos apertados! E mais um par de segundos… (…)”
Excertos de “The Dimension of the Present Moment and Other Essays” (Miroslav Holub), tradução de Manuel Portela.
Discussão e Ideias Alexandre Lemos, Emanuel Botelho, Laetitia Morais, Manuel Portela, Mário Montenegro, Rui Simão, Tiago Serra
Texto Miroslav Holub com tradução de Manuel Portela e adaptação de Mário Montenegro
Encenação e Interpretação Mário Montenegro
Vídeo Laetitia Morais
Banda Sonora Original Emanuel Botelho
Direção Técnica Rui Simão
Sonoplastia e Luminotecnia Rui Capitão
Cenografia e Figurinos Joana Cardoso
Coordenação do Laboratório Tecnológico Tiago Serra
Imagem Pedro Andrade
Design Sente Design
Operação Técnica Emanuel Botelho, Guilherme Barbosa, Laetitia Morais, Rui Simão, Tiago Serra
Penteados Carlos Gago
Fotografia de Cena Francisca Moreira
Registo Vídeo João de Almeida
Produção Executiva Alexandre Lemos, Cassilda Pascoal, Emanuel Botelho
Apoio
Ministério da Cultura | DG Artes
Fundação Bissaya Barreto
Ilídio Design
MAFIA – Federação Cultural de Coimbra
Rádio Universidade de Coimbra