Esta história acompanha um jovem perdido e assustado na nossa sociedade. “Mas afinal o que é isto? Para que é isto? Porque é isto assim?” Sobram-lhe as perguntas e não há respostas que o satisfaçam. Em casa, os pais, perfeitamente encaixados nesta sociedade, vão repetindo as mesmas explicações de sempre, terminando invariavelmente numa expressão resignada: “É assim que as coisas são”. Mas o jovem Anormal não desenvolveu a capacidade de se acomodar e estrangular as suas questões. Continua a tentar encontrar as suas respostas, a lutar visceralmente contra algo antinatural para ele.
Fora de casa, os amigos e a sociedade em geral constituem adversários ainda mais fortes e implacáveis ao seu modo de pensar e querer ser. O Anormal trava uma luta diária contra a sociedade humana em que vive e que, paradoxalmente, procura abafar os seus instintos naturais, humanos. Conseguirá ele resistir a avalanche social em que vive? E se sim, como? Se for não, até quando? As respostas podem ser encontradas ao longo de “Tomada de Consciência”.
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INATEL | Coimbra
24 a 27 de março e 31 de março a 3 de abril de 2004 | 21h45
Folha de Sala
Partindo do projeto “Sobre o Real”, iniciado com “Três Horas Esquerdas”, este trabalho retoma uma prática de olhar a realidade experimentado pontos de vista diferentes. A ideia que serviu de base à construção deste espetáculo é tirada de uma banda desenhada da autoria de Carali, publicada na revista francesa Psikopat. O argumento versa sobre a sociedade e as suas regras. Num mundo em que a complexidade e a especialização aumentam todos os dias, não é menos habitual que haja seres humanos perdidos no complexo sistema de relações e comunicação que constitui a sociedade de hoje. Petições, referendos, manifestos, inflação, estimativas, previsões, cenários, investimento, micro, macro, classe média, rendimento mínimo, formação profissional, tudo isto é humano, isto tudo é humanidade. Onde restam as pessoas?
A partir do argumento de uma banda desenhada de Carali
Discussão e Ideias Alexandre Lemos, Lobo, Margarida Antunes de Sousa, Mário Montenegro, Nuno Fareleira, Rui Capitão
Textos e Encenação Mário Montenegro
Interpretação Alexandre Lemos, Margarida Antunes de Sousa, Mário Montenegro, Nuno Fareleira
Banda Sonora Original e Sonoplastia Rui Capitão
Desenho de Luz Mário Montenegro
Desenhos e Pinturas Fernando Lobo
Fotografia de Cena Francisca Moreira
Technical Operation Rui Capitão
Imagem Nuno Fareleira
Penteados Carlos Gago
Carpintaria Carlos Madeira
Cenografia e Figurinos Marionet
Apoio
Câmara Municipal de Coimbra
Delegação de Coimbra do INATEL
Ilídio Design
MAFIA – Federação Cultural de Coimbra
Rádio Universidade de Coimbra
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